sábado, 2 de fevereiro de 2013

Legal e moral

Legal e moral - Gabriel Novis Neves
     Certas situações legais não são morais, e uma atitude moral nem sempre é legal.
    
     Paulo Freire nosso grande educador enfrentou essa ambivalência.
    
     Estudou Direito para se transformar em educador.
    
     Naquela época, as opções para uma profissão de nível superior giravam em torno de algumas carreiras como, Medicina, Direito, Engenharia, Odontologia e Farmácia. Como alternativa para os jovens que concluíam o ensino médio, as Forças Armadas, o Banco do Brasil e a vida religiosa.
    
     Ao concluir, com brilhantismo, a Faculdade, montou um pequeno escritório de advocacia com dois colegas em Recife.
    
     O seu primeiro, e único caso, foi a execução de despejo de um jovem profissional, recém-casado e com uma pequena filha. Paulo não suportou executar aquele ato legal. Achava imoral fazer o despejo daquela família.
    
     Retornou ao escritório e disse aos colegas o que tinha acontecido e, a partir de então, não exerceria mais a profissão de advogado.
    
     Fez então concurso público para lecionar no ensino básico da rede pública de ensino. Lecionava letras e estudava pedagogia, filosofia e psicologia.
    
     Freire, cedo percebeu que o único caminho da cidadania e ascensão social seria pela educação.
    
     O Brasil de então era um país de analfabetos e ignorantes. O método de ensino empregado beneficiava as classes sociais melhores colocadas.
    
     Haveria que existir um método para alfabetizar pobres, encurtando distâncias e estimulando aptidões para uma profissionalização, não necessariamente de nível superior.
    
     O jovem ex-advogado de Recife criou o seu polêmico método de alfabetização de massas.
    
     Freire tinha pressa em tirar o seu povo do despejo da falta de oportunidades.
    
     Mal entendido e perseguido no país, mas muito respeitado no exterior, terminou a sua passagem por aqui lecionando educação na USP, sem ter pós-graduação convencional e recebendo um salário envergonhador.
    
     A situação jurídica do astronômico aumento salarial concedido pela antiga Câmara de Vereadores, inflando escandalosamente o salário do prefeito e vereadores, me fez lembrar o mestre Paulo Freire.
    
     A lei permite essas aberrações do chamado efeito cascata nos vencimentos do prefeito e vereadores, porém, o político não é obrigado a aceitar.
    
     O prefeito, mesmo sabendo ser legal o aumento salarial que o beneficiava, percebeu a imoralidade do ato e vetou a gentileza.
    
     Medida legal, ética e moral.
    
     Deixou que os vereadores agraciados pela chuva de cascatas salariais legais decidissem se optariam pela legalidade, ou desrespeitariam a imoralidade de leis feitas sob encomenda para benefícios de alguns.
    
     Pela demora da decisão, os vereadores acenam pela opção da legalidade do ato, mandando às favas os escrúpulos da moralidade com a coisa pública.
    
     A lição do mestre Paulo Freire está posta para servir de exemplo numa decisão onde a moral sobrepõe a lei.
    
     Cá pra nós, quarenta mil reais de salário por mês para um vereador é imoral.


Gabriel Novis Neves é médico.

Fonte: http://24horasnews.com.br/evc/index.php?mat=4867

domingo, 18 de novembro de 2012

Palmeiras na Segunda Divisão em 2013


Caiu. Infelizmente, não teve jeito.
Eu já fui do tipo de torcedor que chorava por causa de futebol, digo pelas derrotas do meu time e até mesmo da seleção Brasileira. Quando Zico perdeu aquele pênalti, na Copa de 86, por exemplo, não resisti. Agora, não tenho mais isso. Ainda bem, porque nesse ano de 2012, com certeza já teria derramado muitas lágrimas.
Qualquer palmeirense, com o mínimo de conhecimento ou inteligência, desde o começo do ano, sabia que esse time não teria muitas chances de conquistar algum título. O problema é que quando venceu a Copa do Brasil, graças à queda do São Paulo, na minha opinião. Entendo que o Palmeiras não seria páreo para esse time do São Paulo, numa provável final daquela Copa, mas... como foi o Coritiba, a tarefa ficou menos difícil.
Quando demitiram o Felipão e contrataram o Gilson Kleina, eu alimentei uma certa esperança, principalmente pelo fato do Kleina estar vindo de um equipe pequena. Pensei, o cara vai chegar ao Palmeiras e vai fazer o time jogar como time pequeno, isto é, vai jogar com vários volantes, amarrar o jogo, digamos "jogar feio", jogar como time pequeno, tentar vencer no 1X0.
Mas, o Kleina fez exatamente o contrário, houve partidas em que ele chegou a escalar 3 atacantes. O Palmeiras voltou a jogar um bom futebol, mas quando se está nesse tipo de situação, não adianta jogar bonito, parece que tudo conspira para o pior, a bola insiste em não querer entrar, já o adversário chuta de qualquer jeito, a bola desvia no zagueiro e morre dentro do gol.
Além da diretoria ser ruim, no quesito futebol, é claro. Não se pode criticar uma diretoria que nos demais setores, vem reorganizando o Palmeiras, começou a valorizar as divisões de base, está construindo a ARENA PALESTRA e tentando colocar as finanças em dia. Só que os caras, não sabem contratar, e deixam sair jogadores importantes, como por exemplo, o Pierre. Aliás, o Palmeiras, depois da saída do Pierre, nunca mais teve um volante, tipo "xerifão". O Márcio Araújo nunca levou um cartão Vermelho! Ele é volante! Não tem como aceitar isso! Tem alguma coisa errada. Esse cara não pode ser primeiro voltante!
Bom, teria muito mais outros argumentos, mas por hora é o que vem à mente.
E agora, e 20l3?
Eu acho que esse time, se arrumar um volante tipo "xerife", é suficiente para jogar a série B. Porém, por ironia do destino, o Palmeiras vai jogar Libertadores. Já, em se tratando de Libertadores, o time é fraco e vai precisar de elenco, tem que ter banco. Vai precisar de jogadores com experiência na competição. Eu torço para não perder o Barcos, mas não acredito que o mesmo irá resistir ao assédio dos clubes da Europa.
Bom... Como palmeirense, vou torcer para que o time se recomponha e consiga voltar, ainda no ano que vem.
Vou torcer, para que aqueles vândalos, que se dizem torcedores do Palmeiras, não continuem praticando violência, também. Afinal, é só futebol e no campeonato Brasileiro, com pontos corridos, sempre haverá grandes times caindo, porque caem 4 e o futebol brasileiro é extremamente competitivo e com certeza o mais difícil do planeta bola.
Abraços e VIVA O VERDÃO!!!


terça-feira, 13 de novembro de 2012

MISSIONÁRIOS BRASILEIROS SÃO PRESOS NO SENEGAL POR ACOLHER E EVANGELIZAR CRIANÇAS


Um missionário brasileiro no Senegal foi preso sob acusação de acolher e evangelizar crianças que frequentam escolas islâmicas no país.
A informação foi repassada à Redação do Gospel+ pelo pastor José Sanches, do projeto Fronteiras África. O pastor em questão é o líder do projeto Obadias, José Dilson, enviado como missionário à região de Mbur, no Senegal, pela Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT).
José Dilson recebeu voz de prisão juntamente com uma das missionárias do projeto, Zenaide Moreira Novaes, e segundo a esposa do pastor, Marli, a acusação poderá fazer com que eles permaneçam presos por algum tempo.
De acordo com informações do site da APMT, ambos permanecem retidos e foram transferidos para a cidade de Thiés, vizinha ao local onde foram detidos, para prestarem novos depoimentos.
Em carta enviada pela esposa do pastor, ela revela que os missionários foram obrigados a assinarem documentos sem a possibilidade de ler o que estava escrito, e que o local onde estão detidos, não reúne condições mínimas de respeito aos direitos humanos. Confira abaixo a íntegra do relato:
“Queridos, finalmente na parte da tarde Jose Dilson e irmã Zeneide foram tranferidos para Thiés, para serem ouvidos pelo procurador. No documento de acusação consta que somos uma “Associação de Malfeitores para as crianças”. Foram obrigados a assinar este documento, sem terem possibilidade de ler o que estavam assinando. Quem nos conhece sabe o quanto temos nos empenhado para o bem de centenas de crianças no Senegal. Precisamos que continuem na brecha por nós. Vão ficar retidos mais uma noite, agora estão em uma cela como malfeitores, sem luz, sem água, sem uma cadeira para sentar, sem poder ter nenhum pertence pessoal consigo, numa cela imunda. Chorei muito ao ver esta situação, mas preciso ser forte. Por favor, orem para que possam nos permitir levar ao menos um colchão onde possam repousar esta noite. – Marli”
No vídeo abaixo, é possível ver explicações do pastor José Dilson a respeito do trabalho desenvolvido pelo projeto Obadias no Senegal:
Os missionários da APMT pedem oração para que a situação do pastor José Dias e da missionária Zeneide seja solucionada de forma rápida e da melhor maneira possível.
Por Tiago Chagas, para o Gospel+
***
Pedimos a todos: não deixem de orar pelos missionários! Acompanhe as notícias diárias sobre este caso aqui.

Em partida emocionante, Fluminense conquista o Brasil e o Palmeiras fica com os dois pés na cova!







Parabéns, Fluminense!
Uma conquista na bola, na sorte e no apito.
Mas é inegável que o time das Laranjeiras foi o melhor no conjunto da obra.
Fred tem o faro do gol.
Cavalieri é uma parede.
Wellington Nem parece ter dois pulmões, como diria o Neto de Erechim.
E no final, o título ficou em boas mãos.
Em contrapartida, o Palmeiras ficou por um fio.
Também, com esse time ridículo não haveria outro destino possível.
Pelo menos o Verdão não vai precisar investir para disputar a Segundona do ano que vem.
O time já tem o perfil ideal para 2013.
No Olímpico…
O São Paulo bem que tentou, mas o Grêmio fez justiça ao fator casa.
Após pênalti imaturo do beque gremista no veloz Osvaldo, Rogério Ceni esnobou Fabuloso “Chupetinha” e anotou mais um tento para sua carreira.
Infelizmente para os são-paulinos, o Imortal voltou aos velhos tempos em que era imbatível em seus domínios.
Em grande partida de Zé Roberto, os matadores André Lima e Marcelo Moreno fizeram a diferença.
Agora, o Grêmio é o vice, já que em São Januário, o Galo parou no bloqueio feito pelo Vasco.
Ronaldinho abriu o placar depois de penalidade bem marcada pelo juiz.
Mas o sempre artilheiro Alecsandro conseguiu o empate.
Agora é torcer para a vaga da Libertadores se concretizar.
Nos jogos das 19h30, uma virada espetacular do Cruzeiro sobre o Bahia, o Figueirense rebaixado, o “Apito Amigo” do Flamengo e o Internacional pipocando mais uma vez.
Deixe seu recado para o Fluminense campeão e para o Palmeiras rebaixado!
Opine!

domingo, 11 de novembro de 2012

Tempo histórico: diacronia e sincronia

Avaliar a noção de tempo histórico que se adota em uma pesquisa é fundamental para o bom exercício da profissão de historiador. É necessário definir previamente, em razão do método adotado, qual é a noção de tempo se utilizará na pesquisa história. É preciso refletir um pouco sobre a escolha entre a noção diacrônica e sincrônica da História. 
Quando trabalhamos com a sucessão dos acontecimentos, entramos no universo das cronologias e dos processos que definem a forma diacrônica. Nesse caso, a palavra é a linearidade e a sucessão dos acontecimentos. Isso pode ser observado na organização dos sumários dos livros de História, em que os séculos ou as décadas e os anos são apresentados numa sucessão linear/diacrônica.
Porém, quando precisamos sincronizar os acontecimentos, quando comparamos épocas ou avaliamos as práticas culturais, sem colocar em primeiro plano os aspectos da cronologia ou da evolução delas, tendemos a adotar a noção sincrônica do tempo histórico. Nesse caso, o que importa é a sincronia das diferentes épocas ou práticas sociais, sem levar em conta a evolução ou a sucessão. Estuda-se a vida privada, por exemplo, em diferentes épocas, sem a preocupação com a origem, o progresso, as causas e consequências e, sobretudo, com a linearidade do tempo. 
Exercitar-se nessas escolhas, pensar sobre a noção de tempo histórico que se está operando na pesquisa é importante para a prática profissional e para os bons resultados da pesquisa. Ao trabalhar com o tempo passado, o historiador precisar enfrentar essa reflexão. Sobretudo, porque o tempo histórico é uma construção social, uma abstração indispensável, mas de difícil entendimento.

Fonte: http://metodosdahistoria.blogspot.com.br/2012/02/tempo-historico-diacronia-e-sincronia.html

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Aos Mestres (Professores), com carinho...

Hoje é o dia do Professor. O que dizer sobre eles? Já foi dito tanto, não é mesmo? Ao escrever sobre eles, penso que seria só mais um, entre milhares que hoje lembram com todo carinho que merecem. Poderia falar do sistema educacional brasileiro, da valorização da classe, etc... Poderia abordar a estrutura ou falta dela, poderia falar das conquistas, afinal a classe já alcançou várias, também. Poderia falar das minhas experiências ou lembranças dos meus primeiros passos em sala de aula, que por sinal tive o privilégio de ter como primeira professora minha tia/madrinha, Tereza Lopes (mais conhecida como professora Terezinha), hoje aposentada e vivendo em Dourados-MS.
Porém, não há nada mais gratificante que escrever sobre nossos mestres/professores.
Cada um do seu jeito, com sua didática pessoal, seus costumes e trejeitos, marcaram com certeza e lapidaram em nós os cidadãos que hoje somos.
De Marcelândia, se eu cometer o deslize de mencionar qualquer deles, com certeza cairia no equívoco de olvidar de outros, o que para mim, seria um erro irreparável.
Prefiro lembrar-me, dos momentos inesquecíveis que vivemos durante nossa passagem pela Escola Estadual Pedro Bianchini, desde a luta para ter o reconhecimento do "famoso 2o. Grau/propedêutico", dentre outras. Do primeiro concurso de paródia, dos primeiros jogos inter-classes e por aí vão... as lembranças são agradabilíssimas!
Hoje, me deparo numa luta por me tornar um destes, quero sim, ser professor. Ainda me faltam 5 semestres do curso de Licenciatura em História, pela UNOPAR-EAD. Jamais imaginei que iria me identificar tanto com um curso assim.
É claro que farei tudo o que for possível para, quando lá chegar, ser o melhor possível, me doar ao máximo, para dar àqueles que serão meus alunos, o que recebi com tanto carinho dos mestres que não mediram esforços para me proporcionar a graça do saber.
Parabéns Professores!
Parabéns Mestres!
Com carinho,
de um eterno aprendiz: Emerson Lopes.


domingo, 7 de outubro de 2012

KARL MARX ESTÁ NAS RUAS


KARL MARX ESTÁ NAS RUAS
                Daqui há algumas horas conheceremos nosso próximo gestor público municipal, para os anos de 2013 a 2016, no município de Marcelândia/MT.
                Durante a campanha vimos de tudo como sempre, acusações de parte a parte, e muito pouco de propostas coerentes, algumas que vimos, claramente são inexeqüíveis. Infelizmente, as estratégias de campanha deixaram a desejar. Penso que poucos marcelandienses conseguiriam mencionar, sem medo de errar, 5 (cinco) itens de qualquer plano de governo proposto pelos candidatos, aliás esta foi a maior pobreza da campanha, nenhum plano de governo foi exposto de forma clara e sistematizada.
                No século XIX, Karl Marx, desenvolve a teoria do materialismo histórico dialético, e interpreta a sociedade capitalista, dividindo-as em classes sociais, sendo 2 (duas) as principais: a Burguesia e o Proletariado, isto é, num palavreado bem simples, seriam Patrões e Empregados, hoje em dia, gostam de dizer empreendedores e colaboradores, etc.
                Hoje, parece simples compreender as teorias de Marx ou qualquer outro pensador, mas na sua época houve dificuldades em ser compreendido. Pois bem, se Karl Marx, estivesse hoje em nossa cidade, não teria dificuldade nenhuma em demonstrar seu raciocínio, pois jamais em um processo eleitoral, as classes sociais marcelandienses ficaram tão evidentes. Sendo que os 3 grupos ou candidaturas, parecem mais 3 extratos sociais, definindo-se entre a alta, média e baixa classe social. É claro, que há exceções, também nos 3 grupos.
                É claro que não estou aqui, fazendo juízo de valores, ao contrário, faço uma análise marxiana, tendo como ponto de vista a divisão de classes sociais num processo eleitoral.
                Parafraseando o grande Julio César: Alea Jacta Est, traduzindo “os dados estão lançados”. Ou seja, os dados aqui poderiam ser interpretados como estratégias de cada candidato, durante a campanha, hoje veremos qual delas foi mais eficaz em relação às demais.
                Muito embora numa análise sociológica, costumemos dividir as classes sociais, imagino que cada cidadão, ou a maioria deles, independente de sua condição econômica, deseja que aquele que galgar êxito nestas eleições, dirija Marcelândia, pelos próximos 4 (quatro) anos, da melhor forma possível, com transparência, alocando os recursos de forma justa e digna, enfim que traga melhorias na qualidade de vida de todos.
                Que vença o melhor! É o que ouvimos muito. Eu não penso assim, porque só saberemos se aquele que venceu foi o melhor, ao final de seu mandato. Eu diria: Quem vencer que faça, ou administre, o melhor possível!
                E, VIVA A DEMOCRACIA!